5 músicas que foram proibidas no Brasil
O Brasil viveu um período tenso na sua história quando a Ditadura Militar foi instaurada. Em 1968, foi decretado o Ato Institucional n° 5, o conhecido AI-5. A partir daquele momento, o Brasil passava pelo período mais rígido da Ditadura que teve como principais marcas a censura à liberdade de expressão. Filmes, livros e músicas passaram a ser vistoriadas pelo governo, que só validava aquilo que passava por uma aprovação deles.
Pessoas contratadas pela Ditadura avaliavam as letras das músicas e decidiam se elas poderiam ser executadas ou não. As justificativas para a reprovação eram variadas, mas as mais comuns eram o fato de elas “ferirem a moral e os bons costumes”. Mas tinha música que não passava por que os avaliadores simplesmente não gostavam mesmo.
Alguns gênios da composição brasileira escondiam a verdadeira mensagem que queriam passar nas letras por meio de recursos sonoros e até metáforas. Tais canções eram aprovadas, mas quando o truque era descoberto, elas caíam. Veja a seguir exemplos de cinco músicas que foram barradas pela ditadura.
Músicas que já foram proibidas no Brasil
Apesar de Você (Chico Buarque)
Ela chegou a ser aprovada pela Ditadura, mas repercutiu bastante. Até que os militares se tocaram que o “você” de quem a música se referia era o próprio regime militar.
Tiro ao Álvaro (Adoniran Barbosa e Elis Regina)
A justificativa para a reprovação dessa música foi a simples “falta de gosto” e o uso de palavras como “tauba” e “revorve”, que estão claramente ditas de forma incorreta, mas foram usadas de forma poética.
Cálice (Chico Buarque e Gilberto Gil)
Altamente críticos da Ditadura, eles tentaram driblar a censura usando referências bíblicas e metáforas. A palavra “cálice” na verdade representava o “cale-se” que a censura impunha aos artistas da época.
Pra Não Dizer que Não Falei das Flores (Geraldo Vandré)
Um clássico hino contra a Ditadura, incentivava os protestos contra o exército e ao regime vivido na época.
Vaca Profana (Caetano Veloso)
Cantada por Gal Costa, a música feria “a moral e os bons costumes”, de acordo com o regime militar.