Jogador do Palmeiras sofre susposto caso de racismo e time age rápido
Infelizmente, o mundo dos esportes presenciou mais um caso de racismo. O atleta camaronês Rahim Mouaha, da equipe de basquete sub-18 do Palmeiras, teria sido vítima de falas e gestos racistas provenientes de um torcedor da equipe do Mogi das Cruzes, que enfrentava o time do Palmeiras.
A ocasião ocorreu no dia 27 de setembro deste ano e a equipe alviverde solicitou que o time de Mogi tomasse as devidas providências para investigar o caso. Como não fez isso até então, o Palmeiras tomou uma atitude: foi ao Tribunal de Justiça Desportiva do Basketball do Estado de São Paulo e realizou uma denúncia ao time de Mogi das Cruzes.
Agora, a equipe será julgada pelo tribunal no próximo dia 7 de novembro. Na época, a equipe de Mogi fez um pronunciamento nas suas redes sociais lamentando o ocorrido, mas fez um comunicado negando que tal torcedor tenha proferido falas de cunho racista. O time chegou até a apresentar um vídeo analisado por um perito contratado pelo clube.
Por meio de nota, Palmeiras se manifesta
O Palmeiras não se deu por contente com os rumos que o caso estava tomando e decidiu realizar a denúncia contra o time de Mogi e os árbitros da partida por omissão ao caso. Em nota, a equipe alviverde afirmou que “O Departamento Jurídico do Verdão apresentou à Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Basquete uma notícia de infração disciplinar, a fim de solicitar que sejam denunciados o Clube Mogi Basquete e os árbitros que trabalharam na partida entre Mogi e Palmeiras, realizada em 27 de setembro, pelo Paulista Sub-18.
O TJD, por meio do procurador Luiz Carlos Lisboa da Costa Junior, aprovou a denúncia contra o Mogi das Cruzes, usando do artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), alegando que a equipe “Deixou de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto”.
Caso seja condenado, o Mogi poderá ser multado em um valor entre 10 mil a 200 mil reais, além de perder o mando de quadra entre uma a dez partidas. Já os árbitros não foram denunciados pelo procurador, sob a justificativa de que “nas imagens juntadas, não fica evidente que os árbitros teriam presenciado a atitude do torcedor” .