Árbitro acusado de racismo pode render grave punição para famoso time do basquete brasileiro

O Paulistano pode receber uma punição por retirar um árbitro acusado de racismo de quadra em um jogo do campeonato masculino sub-12, em abril. A equipe paulista consta como réu num processo no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Paulista de Basquete (FPB). A informação é do jornalista, Demétrio Vecchioli, do portal “UOL Esporte”.

O árbitro em questão é Alexander Bergamin, que durante a partida contra o Double Votorantim teria dito a preparadora física do Paulistano que ela deveria estar presa porque “o seu cabelo está armado”. Em entrevista ao site “Olhar Olímpico”, ele confirmou que proferiu tais palavras.

“Eu fiz uma brincadeira infeliz, sem pensar, perguntando se a pessoa tinha passado em alguma blitz antes de vir pro jogo, pois isso podia dar problema pelo cabelo estar ‘armado'”, disse Bergamin.

Por outro lado, o juiz da partida negou que tenha sido racista:

“Qualquer um pode ter o cabelo armado, isso é característica pessoal, não racial. Não entendo como racismo, e sim como um comentário infantil e infeliz”, acrescentou.

Segundo a súmula, no entanto, Alexander Bergamin teve uma atitude bem diferente do que na entrevista para a imprensa.

“Vai começar de mimimi? Qualquer coisa agora é racismo. Foi brincadeira, eu brincava assim com a minha ex e ela também não gostava”, consta no documento. Ele ainda apontou falta técnica após reclamação por parte do Paulistano.

Por fim, dois seguranças entraram na quadra no segundo quarto e retiraram Bergamin de quadra. O jogo prosseguiu com presença de apenas um árbitro.

Ainda segundo Vecchioli, o processo será julgado pelo TJD na semana que vem. O Paulistano é réu por impedir o árbitro de trabalhar e Alex é réu pelas falas supostamente racistas.