Promotor quebra o silêncio e fala sobre assassinato do pai de Michael Jordan

Johnson Britt, promotor que trabalhou no caso do assassinato de James Jordan, pai de Michael Jordan, falou sobre como lidou com a situação. As declarações aconteceram em entrevista a Annette Peagler, do News13.

O caso foi em um momento decisivo da carreira de Britt, que tinha cerca de 30 anos na ocasião. Ele conta como os contatos por parte do Departamento de Investigação do Estado da Carolina do Norte tiveram início para a abertura das investigações.

“Foi um caso único na vida. Para mim, é o maior caso que já experienciei. É o caso mais longo que já vivi. O Departamento Estadual de Investigação entrou em contato comigo. Eles teriam algumas audiências no caso e, na verdade, entraram e sentaram-se nelas como espectadores. Eu sabia que, pelo que ouvi, não seria julgado antes que meu antecessor deixasse o cargo”, começou o promotor.

Britt contou também como tudo se desenrolou desde o encontro do corpo e o carro que Daniel Green e Larry Demery usaram.

“O carro foi encontrado no condado de Cumberland, fora de Fayetteville. O corpo foi encontrado na Carolina do Sul, perto de Bennettsville. E os registros telefônicos realmente acabaram identificando onde eles estavam. Depois que eles jogaram o corpo, eles fizeram um passeio, por dias. Então, quando as informações do telefone começaram a chegar, foi assim que eles investigaram Daniel Green e Larry Demery, seu paradeiro”, conta.

O promotor também deu detalhes de como se chegou aos dois nomes e as evidências que comprovaram o envolvimento no crime.

“Você tem que olhar para quem ficou com os despojos do roubo, e esse foi Daniel Green. Ele pegou o anel de campeão do Sr. Jordan. Ele pegou o anel NBA All-Star do Sr. Jordan. Ele pegou o relógio que Michael havia encomendado para ser feito. Além disso, ele estava usando um boné do Chicago White Sox, e foi para isso que Michael acabou jogando beisebol”, afirma.

Britt então contou que um vídeo de rap em que Green aparece utilizando os pertences de James Jordan foi crucial para as investigações. No final, apenas Green foi para julgamento já que Demery fez um acordo judicial e testemunhou contra o companheiro, que teria sido quem atirou em Jordan.

O assassinato de James Jordan aconteceu há 31 anos, no dia 23 de julho de 1993. Desde então, Johnson Britt ganhou notoriedade pelos esforços e a forma de como conduziu toda a investigação.