Treinador do Warriors exige mudança drástica no regulamento da NBA para os próximos anos
Contestado por seu trabalho à frente do Golden State Warriors na temporada regular da NBA, o técnico Steve Kerr rasgou o verbo sobre o atual regulamento da liga. Pensando em uma maior dinamicidade e rendimento em quadra, o renomado treinador solicitou que os representantes da National Basketball Association reduzam os jogos das franquias.
Sem remover a culpa pelos trabalhos apresentados diante de Stephen Curry e companhia, Kerr projetou a oscilação na fase regular ao calendário extensivo de partidas. Em entrevista cedida ao jornalista Christian Clark, do portal The Athletic, o treinador afirmou ter pedido ao comissário da NBA, Adam Silver, mudanças drásticas para a próxima temporada.
“Deveríamos estar jogando menos partidas. Contudo, é uma questão de dinheiro. Quantos dos envolvidos estão dispostos a ganhar menos? Ritmo e espaçamento. Quando eu jogava, você não precisava correr até nove metros de distância para marcar um arremessador. Agora, precisa. Naquela época, o jogo era disputado em um espaço muito mais reduzido. Hoje, é um grande círculo aberto, e você tem que cobrir toda a quadra. Todos estão jogando mais rápido”, disparou ele.
Apesar da tentativa de reduzir as chances de lesões e desgastes físicos dos atletas, o comandante do Golden State Warriors não deve ser ouvido. Isso porque a NBA assinou um novo acordo de direitos de mídia avaliado em US$ 77 bilhões (cerca de R$ 450,8 bilhões na cotação atual), até 2036. Sendo assim, a parceria foi selada visando justamente os 82 jogos por franquia na fase regular.
Steve Kerr alfineta ganância na NBA
Ainda que defenda pontos cruciais para que as alterações entrem em vigor, Steve Kerr reconhece a falta de consenso dos próprios pilares da liga norte-americana de basquete. De acordo com sua análise, os donos das franquias estão mais preocupados com o próprio bolso do que em fazer um espetáculo melhor para os telespectadores e atletas.
“No que eu não tenho fé é na disposição dos estadunidenses de abrir mão de alguns lucros em nome da qualidade. Isso porque não acho que isso faça parte da nossa natureza nos Estados Unidos. Muita coisa já evoluiu, inclusive as regras. Cabe a nós nos adaptarmos a isso como técnicos e como guardiões da liga. Tenho muita fé em Adam Silver”, finalizou o treinador.