A grande reviravolta envolvendo o terremoto no Chile
Um terremoto de magnitude 7.5 atingiu o extremo sul do Chile na manhã desta sexta-feira (2/5), provocando evacuações emergenciais e a emissão de alerta de tsunami pelo governo. O tremor ocorreu a 219 quilômetros ao sul de Ushuaia, na Argentina, na Passagem de Drake, a uma profundidade de 10 quilômetros, conforme informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
A movimentação sísmica levou o governo chileno a ordenar a evacuação imediata de áreas costeiras na região de Magalhães. Cerca de 1.825 pessoas deixaram suas casas por precaução. Autoridades argentinas também adotaram medidas de segurança na cidade de Puerto Almanza, orientando os moradores a se dirigirem a locais mais altos e afastados do litoral.
Chile suspende alerta de tsunami após tremor
Poucas horas depois do tremor, o cenário mudou. O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico (PTWC) descartou a possibilidade de tsunami. Em resposta, o governo chileno retirou o alerta e suspendeu as ordens de evacuação. Segundo Juan Carlos Andrade, diretor da agência nacional de emergências do Chile, a evacuação preventiva foi encerrada e os moradores começaram a retornar às suas rotinas. No entanto, as atividades econômicas ligadas à faixa costeira permanecem interrompidas por medida de precaução.
Seis tremores secundários foram registrados até as 11h43 (horário de Brasília). O abalo principal também foi sentido em outras regiões do país, incluindo o norte do Chile, onde moradores da região do Atacama relataram um tremor de magnitude 4.7.
Até o momento, não há relatos de feridos ou de danos estruturais nas áreas mais próximas ao epicentro. As autoridades continuam monitorando a situação e mantêm a suspensão temporária das atividades marítimas e de navegação.
A rápida mudança nas previsões e a pronta resposta das autoridades marcaram a reviravolta no tratamento do evento sísmico, que inicialmente mobilizou amplas medidas de emergência, mas terminou com impacto controlado e retorno progressivo à normalidade.