O goleiro Agustín Rossi, do Flamengo, escapou de uma tentativa de assalto na Linha Amarela, via expressa do Rio de Janeiro, na manhã da última quarta-feira (8). O carro do jogador foi atingido por quatro disparos, enquanto ele trafegava sozinho pela altura do bairro de Bonsucesso. Segundo informações preliminares, o ataque pode ter ocorrido durante um arrastão ou uma blitz falsa.
O veículo de Rossi, um SUV elétrico, estava equipado com blindagem nível “3A”, a mais comum entre civis e capaz de resistir a tiros de pistolas, revólveres e submetralhadoras. Os disparos atingiram o vidro, retrovisor, porta e pneu do carro, mas a blindagem impediu que os tiros atingissem o atleta. Esse tipo de proteção custa, em média, R$ 85 mil, podendo ultrapassar os R$ 150 mil a depender do modelo e dos materiais utilizados.
Clube aciona diretamente o governo
Após o ocorrido, a diretoria do Flamengo entrou em contato direto com o governador Cláudio Castro e com a Secretaria de Segurança Pública do Rio. O clube afirmou que vai revisar os protocolos de segurança adotados para desembarques realizados durante a madrugada, buscando reduzir a exposição dos atletas a situações de risco.
Rossi retornava da Argentina, onde o Flamengo empatou em 1 a 1 com o Central Córdoba, pela fase de grupos da Libertadores. O desembarque da delegação aconteceu poucas horas antes do ataque. Mesmo após o susto, o goleiro se reapresentou normalmente no centro de treinamento Ninho do Urubu e participou do treino da tarde.
A Polícia Civil apreendeu dois veículos nas imediações do local da tentativa de assalto. A Polícia Militar realizou buscas e encaminhou vítimas para a 21ª Delegacia de Polícia. A investigação está em andamento.
De acordo com a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), o Brasil atingiu um novo recorde em 2024, com 34.402 veículos blindados registrados. O estado de São Paulo concentra 84,2% desse total, com quase 29 mil automóveis protegidos. O caso envolvendo Rossi chama atenção para a crescente busca por blindagem como ferramenta de segurança pessoal em centros urbanos
