Virginia solta o verbo em depoimento ao CPI das Bets sobre casa de apostas
A influenciadora digital Virginia Fonseca não se escondeu durante seu aguardado depoimento à CPI das Bets nesta terça-feira (13). Convocada para esclarecer sua relação com plataformas de apostas, ela chegou ao Senado acompanhada do marido, o cantor Zé Felipe, e seus advogados — e deu o recado.
Logo de cara, Virginia usou o direito ao silêncio garantido por habeas corpus do ministro Gilmar Mendes (STF), mas apenas em uma pergunta: quando foi questionada sobre o maior valor que recebeu de contratos com casas de apostas. Fora isso, respondeu tudo — e soltou o verbo.
“Me reservo ao direito de ficar calada”, disparou, sem titubear. Mas fez questão de deixar claro: não ficou milionária com apostas. “Já tinha 30 milhões de seguidores quando comecei a divulgar bets. Tenho minha empresa, que faturou R$ 750 milhões no ano passado. Não foi bet que me fez rica”, afirmou.
Ela também negou ter lucrado com as perdas de seus seguidores nos sites, o chamado “cachê da desgraça”. Segundo Virginia, todos os valores recebidos foram devidamente declarados à Receita Federal.
Durante a oitiva, a influenciadora defendeu suas ações e afirmou que sempre deixa alertas em suas publicações: “Digo que menores de 18 não podem jogar e que é preciso responsabilidade. É jogo, dá pra ganhar, mas também dá pra perder”, enfatizou.
Virginia nega ter ficado milionária com bets
Mesmo com um contrato ativo com a Blaze, Virginia admitiu que está pensando em parar de divulgar apostas. Mas foi enfática ao rebater as críticas: “Se é tão prejudicial assim, por que não proíbem de vez? Em vez de ficar regulando, proíbe logo tudo.”
A senadora Soraya Thronicke, relatora da CPI, lembrou que Virginia já fazia campanhas em 2022, antes da regulamentação oficial. A influenciadora rebateu dizendo que se baseou na lei de 2018, assinada por Michel Temer, que legalizou as apostas de quota-fixa, embora sem regulamentação específica até o fim de 2023.