Ednaldo Rodrigues não resistiu à pressão interna e foi oficialmente afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão veio no final da tarde desta quinta-feira (15), após determinação do desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e contou com o apoio de parte da própria diretoria da entidade.
Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da CBF e autor do pedido judicial que resultou no afastamento, assume agora como interventor. Sua principal missão é realizar novas eleições para a presidência da CBF “o mais rápido possível”.
A queda de Ednaldo ganhou força após a deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil/RJ), conhecida como Daniela do Waguinho, entrar com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando o afastamento imediato do dirigente. A parlamentar ainda questionava a validade do acordo homologado pelo STF em fevereiro, que havia dado respaldo ao processo eleitoral da CBF em 2022.
Ednaldo está envolvido em grande polêmica
Segundo Daniela, houve falsificação de uma das assinaturas no acordo — a do ex-presidente da CBF, Coronel Nunes. A alegação foi levada em consideração pelo desembargador Gabriel Zefiro, que declarou nulo o acordo e apontou a ilegitimidade da atual gestão.
“O reconhecimento da ilegitimidade da administração da CBF é consequência imediata do acordo anulado”, afirmou o desembargador, destacando ainda a necessidade urgente de novas eleições.
Afastado oficialmente, Ednaldo Rodrigues se encontrava no Paraguai, onde participava de um congresso da FIFA. Sua saída acontece apenas três dias após o anúncio da contratação do técnico Carlo Ancelotti, atualmente no Real Madrid, para comandar a seleção brasileira a partir de 2024.
