Banco do Brasil vai fechar após queda histórica nas ações?

As ações do Banco do Brasil sofreram uma queda histórica de mais de 12% logo no início do pregão desta sexta-feira (16), despertando dúvidas e preocupações no mercado sobre o futuro da instituição. No entanto, apesar da forte desvalorização, o banco estatal não corre risco de fechamento.

O motivo principal para a queda foi a divulgação de resultados do primeiro trimestre que ficaram muito abaixo das expectativas dos analistas. O lucro líquido ajustado caiu 20,7% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 7,37 bilhões, quando o mercado esperava algo em torno de R$ 9,23 bilhões. Além disso, o Banco do Brasil suspendeu suas projeções para 2025, em razão do aumento inesperado da inadimplência, especialmente na carteira de agronegócios.

A inadimplência no setor agro subiu de 1,19% para 3,04% em um ano, enquanto a inadimplência geral, tanto em pessoas físicas quanto jurídicas, também apresentou piora. Isso, aliado a novas regras contábeis que impactaram negativamente os resultados, gerou preocupação entre investidores.

Apesar do impacto no mercado, especialistas e analistas ressaltam que a queda das ações não significa que o Banco do Brasil vá fechar. O banco continua adotando medidas para controlar a inadimplência e melhorar sua performance, como ações judiciais e estratégias para recuperação de crédito.

Ações do Banco do Brasil despencam 12% 

Analistas do Bradesco BBI reduziram a recomendação das ações para neutra devido à deterioração da qualidade dos ativos, mas o BTG Pactual manteve a recomendação de compra, destacando o preço atrativo das ações.

Em resumo, o Banco do Brasil enfrenta desafios significativos e resultados negativos recentes, mas não há qualquer indicação de que o banco vá encerrar suas atividades. A queda nas ações reflete preocupações de curto prazo, não uma ameaça de fechamento.