Caso de racismo em partida do NBB vai para julgamento e já tem data marcada
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Basquete confirmou o julgamento do caso de racismo no NBB (Novo Basquete Brasil), envolvendo Mateus Buiú, do Cerrado, e Nicolás Copello, do Minas, para a próxima terça-feira (19), às 18h (de Brasília).
O episódio aconteceu no duelo entre as equipes na última quarta-feira (6). Na ocasião, Buiú acusou o argentino de ter proferido ofensas racistas. O armador do Cerrado, inclusive, registrou um boletim de ocorrência (BO) na delegacia de polícia de Belo Horizonte. Copello nega que tenha dito tais ofensas.
Ainda assim, o argentino será julgado por “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça”. Caso seja comprovado que houve os atos de racismo, o jogador pode pegar de cinco a dez jogos de suspensão.
Além dos dois, o pivô Ítalo Honorato, do Cerrado, e o ala Gemerson Barbosa, do Minas, também serão julgados por “participar de rixa, conflito ou tumulto, durante a partida, prova ou equivalente”. Os dois estavam envolvidos na confusão generalizada e trocaram empurrões e podem pegar de dois a dez partidas de gancho. Horonato também se enquadrou no artigo que diz sobre “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras”. Com isso, corre o risco de pegar um a seis jogos de suspensão.
Por fim, o Minas também pode tomar uma punição do STJD. O time mineiro vai responder por “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir, com pena de R$ 100 a R$ 100 mil (artigo 213)” e “deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento de obrigação legal; de deliberação, resolução, determinação, exigência, requisição ou qualquer ato normativo ou administrativo do CNE ou de entidade de administração do desporto a que estiver filiado ou vinculado de regulamento, geral ou especial, de competição, com pena de R$ 100 a R$ 100 mil (artigo 191)”.