Uma escola de Quechee, no Estados Unidos, foi desclassificada de um torneio de basquete por se recusar atuar contra uma equipe que tinha um atleta transgênero no elenco. A organizadora das competições decidiu banir a instituição de participar de qualquer campeonato do ensino médio e fundamental.
O jogo em questão seria em fevereiro do ano passado. Segundo a Mid Vermont Christian School, a presença do jogador transgênero colocava em risco “a justiça do jogo e a segurança de nossos jogadores”.
A escola recorreu da punição em junho deste ano, mas o pedido foi negado. A defesa alegou, no processo, que a “Mid Vermont Christian e seus alunos estão sendo irreparavelmente prejudicados” por não participarem das competições escolares.
Em agosto, a instituição entrou com uma petição no Tribunal de Apelações dos EUA para o 2º Circuito em Nova York, acusando o estado de violar os direitos da Primeira Emenda da escola. Ryan Tucker, líder da Alliance Defending Freedom, grupo conversador e que representa os interesses da Mid Vermont, afirmou que “nenhuma escola religiosa ou seus alunos e pais devem ser privados de acessos a benefícios disponíveis publicamente simplesmente por manter suas crenças religiosas”
Já em setembro, o juiz do Tribunal Distrital dos EUA, Geoffrey Crawford deu aval para a instituição solicitar a readmissão novamente, mas a exigência do juiz é que a Mid Vermont Christian School concorde com as políticas da liga.
Apesar disso, o juiz também afirmou que a escola “não esconde sua intenção de continuar a desistir de jogos em que acredita que um estudante transgênero esteja jogando” e busca a readmissão com a condição de não ser penalizado se o fizer.
Um novo julgamento para definir se a escola volta a jogar torneios de basquete ainda não tem data para acontecer.
*Com informações da Associated Press (AP).