Salário do ‘novo Papa’ nos deixou sem palavras

A fumaça branca que surgiu nesta quinta-feira (8) na chaminé da Capela Sistina confirmou a eleição do novo papa. O conclave, formado por cardeais eleitores, definiu o sucessor de São Pedro no segundo dia de votação. O escolhido foi Robert Francis Prevost, que agora assume oficialmente o comando da Igreja Católica.

Prevost, de nacionalidade norte-americana, ainda deve anunciar o nome papal que adotará, conforme exige a tradição da Igreja. A escolha deve ser feita imediatamente após a eleição, e costuma homenagear papas anteriores, santos ou apóstolos.

Qual é o salário do papa?

Um dos temas que mais chamou atenção após a escolha foi a remuneração vinculada ao cargo. Ao contrário do que ocorre com líderes de Estado, o papa não possui salário fixo. Suas despesas são cobertas pelo Instituto para as Obras de Religião, conhecido como Banco do Vaticano. Ainda assim, o novo papa poderá receber até US$ 32 mil por mês (convertido em reais, R$ 163 mil mensais) como provisão oficial. O valor impressiona pela função espiritual do cargo e pelo histórico de sobriedade da instituição.

O papa lidera mais de um bilhão de fiéis no mundo. É responsável por decisões doutrinárias, nomeações episcopais e relações diplomáticas com dezenas de países. A provisão mensal cobre todas as necessidades relacionadas ao exercício dessa função.

Robert Francis Prevost agora deverá escolher o nome com que será conhecido. Entre os nomes mais utilizados por papas anteriores estão João (21 vezes), Gregório (16), Bento (15) e Clemente (14).

Confusões na contagem

Erros históricos influenciaram a numeração de alguns desses nomes. João XVI, por exemplo, foi considerado antipapa, e o número XX foi pulado na sequência. Algo semelhante ocorreu com Bento X, também excluído da contagem oficial.

A escolha do nome muitas vezes indica os valores e a direção do novo pontificado. Bento XVI homenageou Bento XV, reconhecido por seu papel diplomático durante a Primeira Guerra Mundial. Francisco, eleito em 2013, inspirou-se em São Francisco de Assis e contou com a influência direta do cardeal brasileiro Cláudio Hummes para tomar sua decisão.