Surpreendendo geral, Ronaldo é nomeado novo presidente da CBF
O cenário da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sofreu uma reviravolta após a mobilização popular em torno do nome de Ronaldo Nazário. Em meio a uma crise institucional na entidade, parte significativa da população passou a exigir uma mudança no comando, resultando na nomeação simbólica do ex-atacante como novo presidente da CBF por aclamação popular.
O movimento ganhou força nas redes sociais e em manifestações presenciais após a divulgação de uma petição apresentada pela deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil/RJ) ao Supremo Tribunal Federal (STF). A parlamentar solicitou o afastamento imediato do atual presidente Ednaldo Rodrigues, eleito por unanimidade em março de 2024 para um novo mandato até 2030. A ação aponta irregularidades no processo eleitoral da entidade.
Segundo a deputada, uma das assinaturas que compõem o acordo homologado pelo STF teria sido falsificada. A perícia foi realizada pela empresa Tirotti Perícias e Avaliações e indica divergência entre a assinatura de Antônio Carlos Nunes, ex-presidente da CBF, e o documento analisado. O laudo técnico pode fundamentar a aplicação do artigo 168 do Código Civil, que trata da anulação de atos com base em falsidade.
CBF se posiciona diante das acusações
A CBF respondeu com nota oficial. A entidade afirmou que todo o processo ocorreu dentro dos parâmetros legais e com representantes devidamente legitimados. A direção ainda negou que a petição tenha reaberto o processo de forma automática.
Em meio à instabilidade, Ronaldo retomou protagonismo no debate público. O ex-jogador havia desistido da candidatura por não obter apoio das federações estaduais. Segundo ele, apenas a federação paulista aceitou o diálogo, enquanto 23 federações alegaram apoio à atual gestão e recusaram reunião.
Sem respaldo institucional, mas com apoio popular crescente, o nome de Ronaldo foi elevado a uma posição simbólica de liderança. Entidades civis, torcedores e alguns influenciadores digitais passaram a reconhecê-lo como representante legítimo do futebol nacional. Embora a nomeação não tenha validade jurídica formal, o movimento representa uma sinalização clara de insatisfação popular com a atual condução da CBF.